O currículo certo para cada
momento de carreira. De quem procura um estágio até o profissional que busca a
cadeira de presidente, confira dicas e modelos de currículos certos para cada
fase de carreira.
Muita gente tem o hábito de
apenas ir adicionando experiências profissionais e cursos no currículo, na medida em que vai crescendo na carreira e
ganhando vivência profissional.
Mas não é bem isso que os
especialistas recomendam. De acordo com eles, o ideal é reformular o currículo
de acordo com a fase da trajetória. Isso porque os destaques no currículo mudam
de acordo com o objetivo que ele tem naquele momento.
E que dados ganham espaço e
quais informações perdem importância em cada fase de carreira? É isso que
EXAME.com investigou com as consultorias de recrutamento e seleção. Confira 12
opções de modelos de currículo e as
dicas dos especialistas para 6 fases da vida profissional:
Para quem não tem experiência
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link e faça do download do modelo de currículo da Cia de Talentos
Se você
ainda está na faculdade ou terminou a graduação sem ter nenhuma experiência na
área, a dica é analisar sua trajetória até agora e avaliar quais experiências
poderiam contribuir para a oportunidade profissional em questão.
De
trabalhos voluntários, passando pela participação ativa em atividades
acadêmicas como atlética, até cursos extracurriculares e viagens culturais –
tudo pode ter sua vez no currículo. “Importante é trazer o perfil e as
competências através de outras atividades que não as profissionais”, diz Maria
Luiza Toledo, consultora da DMRH. De acordo com ela, o recrutador também vai
investigar situações acadêmicas e até pessoais para ver como o jovem lida com
desafios e mudanças.
Mas, atenção:
só valem atividades que tenham relação direta com o trabalho em questão.
“Precisa ter um aprendizado”, diz Bruna Dias, gerente de orientação de
carreiras da Cia de Talentos. Listar só as disciplinas obrigatórias que você
cursou também está fora de cogitação – todo recrutador sabe que cálculo faz
parte do curso de engenharia, por exemplo. “O foco são as vivências que ele
teve nesse momento acadêmico que se aproximam das experiências de mercado”, diz
Maria Luiza.
Para quem quer ser trainee
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A dica
para cativar o recrutador do programa de trainee é simples: analise a fundo sua
experiência até agora e mostre qual é o seu diferencial.
Neste
sentido, além das atividades profissionais desempenhadas no passado, liste
trabalhos voluntários e outras atividades que demonstrem que você tem espírito
de equipe e potencial para liderança. O modelo disponibilizado pela Page Talent
já traz espaço para colocar algumas destas atividades.
“A
descrição do estágio deve ter consistência. O candidato deve falar quais eram
as atribuições, as áreas em que atuou e descrever a abrangência de
responsabilidade que teve”, afirma Lúcia Costa, diretora-geral da
Mariaca|Career Star Group.
Se a
empresa não for tão conhecida, vale, em uma linha, descrevê-la com dados como
setor de atuação, número de funcionários e faturamento.
Para quem tem poucos anos de carreira
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nos links e faça do download dos modelos de currículos da Mariaca e Thomas Case & Associados
Na fase de analista, saem de cena as informações mais ligadas aos tempos de
faculdade e ganham espaço dados mais relevantes da própria experiência do
profissional. “No campo de experiência não cabe mais empresa júnior, nem
diretório acadêmico, nem trabalho voluntário”, diz Maria Luiza Toledo, da DMRH.
“As
pessoas pensam que conforme cresce na carreira, o currículo também deve
aumentar”, diz Lúcia, da Mariaca. Na prática, a história não é bem assim:
currículo bom é currículo curto – principalmente, nos primeiros anos de
carreira.
Deixe
apenas o que, realmente, for relevante para você. Mas, cuidado para não tirar
experiências essenciais – como a passagem por uma empresa.
Na opinião
de Monah Saleh, da Thomas Case & Associados, optar por colocar a área de
atuação, sem especificar o cargo pretendido logo no começo do currículo pode
ser uma boa ideia. “A experiência de analista sênior em uma grande empresa pode
garantir uma posição de coordenador em uma empresa menor”, explica.
Para coordenadores
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Se você
mira uma oportunidade de coordenação ou já atua num cargo do tipo, a dica é
qualificar sua experiência como líder. Como? “Cite o número de pessoas da
equipe que você liderou e escolha um adjetivo que a descreva, mas também remeta
a você”, diz Lúcia, da Mariaca.
“Vale
destacar as responsabilidades que ele teve como sucessor do gerente, porque
muitas vezes ele pode já ter substituído em férias ou reuniões”, diz Monah
Saleh, da Thomas Case.
Falar que
liderou uma equipe multidisciplinar ou uma equipe de alto desempenho também
pode revelar sua capacidade para lidar com diferentes culturas corporativas ou
seu foco em resultado.
Monah
sugere que o profissional faça um resumo do seu perfil profissional logo no
começo. Só não pode exagerar no tamanho.
E não vale escolher adjetivos vazios. Lembre-se que na hora da entrevista, você precisará ter condições para destrinchá-los com dados e fatos.
E não vale escolher adjetivos vazios. Lembre-se que na hora da entrevista, você precisará ter condições para destrinchá-los com dados e fatos.
Para gerentes e diretores
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links e faça do download dos modelos de currículos da Mariaca (gerente),Michael Page, Thomas Case (gerente), Thomas Case (diretor)
Segundo
Lúcia, da Mariaca, para profissionais em níveis executivos, o campo ‘objetivo’
deve sair de cena. No lugar, entra uma descrição curta da trajetória de
carreira. Exemplo: “Gerente financeiro/ controller com experiência em
multinacionais”.
Este
posicionamento serve, digamos, como o título ou slogan do currículo. É a
informação que irá, de cara, chamar a atenção do recrutador e, por isso, pode
estar com uma fonte maior.
Mas, para
Monah, da Thomas Case, o objetivo pode continuar para os gerentes, e, pode ser
trocado por target no caso de diretores fluentes em inglês.
A dica é
fazer o resumo de qualificações práticas com foco nos detalhes do anúncio da
oportunidade profissional em questão. “Aqui é onde você deve colocar o que
gostaria que o recrutador soubesse mesmo se a informação aparece no final do
currículo”, diz Lúcia. “Em 5 pontos é possível resumir os principais aspectos
da trajetória de da experiência”, lembra Maria Luiza Toledo, da DMRH.
A partir
de então a regra é mostrar o tamanho da cadeira que você ocupou em cada uma das
etapas da carreira. Porte da empresa, tamanho da equipe que liderou, a quem
você reportava e principais resultados devem ser elencados. Neste momento da
carreira, o currículo pode chegar a duas páginas. E, segundo Lúcia, todos os
cargos de liderança devem ser devidamente destrinchados.
Para presidentes
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presidentes
Ao chegar
ao cume da trajetória profissional, presidentes de empresa só pelo próprio
cargo, de certa forma, já se bancam, explica Lúcia. Por isso, o currículo se
torna mais enxuto e ocupa até uma página. “Ele tem que mostrar quem é este
presidente”, afirma a especialista.
Comece
pelo posicionamento. Faça uma espécie de título ou slogan da sua experiência
profissional. Depois, um resumo de qualificações. A trajetória profissional vem
em seguida com uma lista de até quatro dados sobre a última passagem. A partir
daí, a dica é diminuir o número de informações sobre cada experiência. Citar
estágios e idade é opcional, diz Lúcia.
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